Quem acompanha meu trabalho sabe que não sou muito fã do Bear Grylls. Não sou um especialista em sobrevivência com treinamento militar como Grylls, apenas gosto de aprender sobre o assunto, e também acredito que Bear seja um sujeito de extrema competência. Mas, em minha opinião, ele mostra algumas técnicas de forma a arriscar-se demais, não demonstrando a realidade de auto-preservação e economia de energia, que poderá fazer a diferença entre a vida e a morte em uma situação real. Tá, tá, tá… sei que em alguns casos é necessário mover-se para conseguir resgate… mas será que é sempre necessário?
Faça um pequeno exercício e conte, em cada programa, quantas vezes ele se coloca em situações simuladas de perigo contra sua integridade física ou até mesmo contra sua vida. Acredito que ele faz isso com toda a segurança e planejamento e, devido ao sucesso do formato dinâmico de seus programas, misturando algumas técnicas com muita aventura, ele é o protagonista de sobrevivência mais requisitado pela Discovery Channel.
O cerne desta postagem é dizer que assisti e, vejam só, gostei do programa Sobrevivendo com Bear Grylls. Só assisti ao episódio Selva. O programa dramatiza três situações que realmente aconteceram, entrevistando os envolvidos. Bear aparece fazendo alguns comentários construtivos. No programa intitulado Selva, a história mais marcante são de dois amigos franceses que sobreviveram aproximadamente 50 dias na floresta da Guiana Francesa.
Ver como sobreviventes reais agiram e superaram o desafio até a chegada do resgate foi o melhor programa de sobrevivência que assisti até agora. Finalmente o Bear Grylls empresta sua imagem para apresentar um programa que pode agradar a gregos e troianos. Recomendo!
Em outro post sobre o mesmo Bear Grylls, inclusive mais recente, não pude responder pois os comentários estavam desligados. É que concordo com o posicionamento e com a maioria das respostas, mas percebi que, no man versus wild, o protagonista é um militar e o seu treinamento visa a abandonar um lugar o mais rápido possível. Mas ele carrega o vício de alguém que tenta deixar um lugar militarmente hostil. Esse é o seu treinamento, por isso simula não querer perder tempo escolhendo caça ou qualquer alimento. Essa característica, propositalmente ou não, foi levada ao programa. Então penso que esse seja o mote do cara estar largado na selva, no caso dele. Algo parecido com O Fugitivo, mas de maneira simulada.
Sou do Brasil, moro em São Paulo e gostaria de participar de ilhados com Bear Griils.